23 de julho de 2010

o melhor de mim, o melhor de mim!

Eu já me ri até me doer a barriga, já nadei até perder o fôlego, já chorei até dormir e acordei com a cara feita em papa. Já fiz cocegas na minha prima só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com uma vela. Eu já fiz bolha de pastilha elástica e rebentei-a na cara toda, já conversei com o espelho, e até já brinquei de bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e jogador profissional. Já me escondi atrás das cortinas e esqueci-me dos pés de fora. Já passei horas ao telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo, Já fiz confissões antes de ir dormir, no meu quarto escuro, pro meu melhor amigo. Já confundi sentimentos, segui caminho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de bolo de chocolate, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no bus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar apanhar estrelas, já subi em árvores pra roubar fruta, já caí da escada de cu. Conheci a morte de perto, e agora anseio por viver cada dia. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola "Eu Amo-te..", já chorei sentado no chão do chuveiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei logo a seguir. Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo apenas musica. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já mergulhei na piscina sem vontade de voltar, já bebi wíski até sentir os meus lábios dormentes, já olhei a cidade de cima a baixo e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de me levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas esse sempre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na relva de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo a seguir chegam novos, e a vida é mesmo assim, um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado CORAÇÃO.

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